Como escolher um bom Whisky?

by Juliana Cândido Custodio

A bebida tradicionalmente escocesa tem conquistado cada vez mais o paladar de amantes de uma boa bebida destilada. Bebida destilada da fermentação do malte e com elevado teor alcoólico, o Whisky consegue trazer charme, requinte e o relax naqueles momentos tão especiais. Mas como oferecer um Whisky com uma boa relação custo/benefício para seu negócio de Foodservice?

Confesso que não sou uma apaixonada por um bom e velho Whisky. Mas, quando fui à Escócia em 2012, não pude resistir à tentação de experimentar alguns dos melhores do mundo. Em uma combinação de cevada escocesa (que pode ser maltada ou não), turfa (um tipo de carvão mineral) e água, o Whisky possui um sabor único, mesmo com existência de suas “subdivisões”. Para classificar os tipos de Whisky devem ser considerados 4 critérios fundamentais: o grão utilizado, o processo de produção, o local onde o whisky foi produzido e por quanto tempo ele foi maturado. Conforme a região temos os Whiskys escoceses (Blended, de Grão e Single Malt), japoneses, irlandeses e americanos.

O Whisky escocês, deve obrigatoriamente ser produzido com grãos maltados envelhecidos em barris de carvalho por no mínimo três anos. No entanto, para levar esse rotulo, além do processo de fabricação rigoroso, ele deve ser produzido integralmente na Escócia, se não não vale, né?

E com todo esse rótulo que a bebida carrega, não vale menosprezar o paladar de seus clientes. Assim, do que adianta você ter uma bebida no cardápio se a dose poderá ser consumida por poucos? Vamos e convenhamos, uma dose de Whisky vai variar entre R$10,00 e R$200,00. Então, vale a pena ter essa atenção no momento da compra para oferecer uma bebida de qualidade e que não encareça ainda mais os seus custos e seus clientes percebam o valor daquilo que estão consumindo.

 

Perfil dos Consumidores

Se há alguns anos a bebida era degustada principalmente por homens acima de 40 anos e executivos, os tempos mudaram. Além de seu sabor especial, a busca pelo status e reconhecimento social que a bebida proporciona, alguns jovens estão aderindo à onda do Whisky e rejuvenescendo o perfil de seus consumidores.

Em pesquisa do Portal Terra, 45% dos consumidores tinham entre 35 e 64 anos, hoje, este público corresponde a apenas 28% dos ‘bebedores’. A categoria tem sido consumida majoritariamente por homens (80%) com até 34 anos (74%). Eles geralmente bebem uísque antes de irem para a balada, em função das características da bebida, que prolonga os efeitos do álcool. No Brasil, o Whisky ainda é consumido puro ou com gelo, mas em outros países com alto consumo, a bebida é usada como base de drinques.

Um pouco de História…

A primeira evidência por escrito, datada no século XV na Escócia, menciona um pedido do rei, em 1494, de grande quantidade de malte para fabricar quinhentas garrafas de “Aqua Vitae”, que traduzido do latim para o português, significa “Água da Vida” e em Escocês Gaélico, “Uisge Beatha” do qual se deriva a palavra Whisky.

O primeiro Whisky era uma bebida bastante revigorante, pois era destilada por monges e com maturação nunca permitida, o que fazia a bebida ser muito rústica. Por ser misturada com ervas, era principalmente usada como medicamento no tratamento das mais variadas doenças, desde a varíola até a paralisia. Mais tarde, chega Henrique VIII que fecha os mosteiros e afasta os monges, com isso a produção de Whisky trilhou seu caminho para as casas e chácaras de escoceses comuns.

Com o tempo, as destilarias caseiras foram refinando o processo de fabricação e descobriram que a bebida também poderia ser usada como uma experiência prazerosa, seja para relaxar, comemorar ou anteceder as refeições, fazendo com que ganhassem as prateleiras dos mercados em toda a região. Entretanto, a bebida não possuía consistência, o que fazia com que seu paladar fosse totalmente
alterado de um dia para o outro. Tentando solucionar esse problema, a fabricação foi ganhando estudos e técnicas até se tornar profissional, carregando nomes e marcas historicamente conhecidas e movimentando a economia, servindo até mesmo como moeda de troca.

 

Mas afinal, como escolher um bom Whisky?

Tradicionalmente servido em bares, o Whisky está longe de ser uma bebida popular. E para começar, de seu preço também. Variando entre R$ 15,00 e R$ 3.500,00, a escolha de um bom Whisky passa pelo conhecimento da composição e também da procedência. A procedência diz respeito a saber de onde veio o produto e se ele tem o selo de importação. Sabemos que ha um numero consideravel de bebidas contrabandeadas por ai. Isso evita muitas reclamações no dia apos o consumo 😉 cá entre nós!

Então trouxemos algumas opções conforme faixas e preço e, consequentemente conforme públicos, para você não fazer feio na sua escolha (e para seu bolso):

 

  • Abaixo de R$ 150

Jack Daniels: Composto por água isenta de ferro, milho, malte de cevada e centeio, possui um sabor mais amadeirado, e custa cerca de R$72,00

  • Entre R$150 e R$200 – Premium

Johnnie Walker Double Black: A produção é artesanal feita a partir da combinação de maltes exclusivos, que garantem um sabor defumado e envelhecido. R$ 165,00.

  • Entre R$200 e R$900 – Super premium

Chivas: Considerado um dos melhores whiskies escocês. Produzido a partir dos mais puros grãos e maltes, é envelhecido em barris de carvalho por 18 anos ou mais. R$ 300,00.

Royal Salute: Idade definida de 21 anos. É bastante palatável e agradável a todos. Possui um sabor adocicado de mel, frutas secas e frescas. R$ 600,00.

  • Acima de R$900 – Ultra Premium

Blended Whisky. 38 anos. Líder absoluto na categoria de Whiskys super premium, super tradicional e com uma garrafa icônica. R$ 3.500,00

Negócios ao redor do Whisky

Na Escócia, confesso que é absolutamente normal encontrarmos pelas ruas uma “Whiskeria”. Mas onde mais me chamou a atenção foi em Paris. Passando pelas ruas do 9ème, apos uma reunião de trabalho, me deparo com uma loja, até que imponente, localizada num cruzamento próximo à Eglise de la Madaleine. Trata-se da “La Maison du Whisky“.

    

A loja existe desde 1956 e conta com uma gama imensa de Whiskys para todos os tipos, gostos e bolsos. Além disso, contam com um excelente atendimento! Mas o que vi realmente de diferente, além da variedade nas bebidas, são as embalagens utilizadas em alguns produtos (mas isso fica para um outro post) a ferramenta usada por eles para as compras online. Sabemos que comprar presencialmente, seja roupas, calçados ou outros tipos de produtos, temos a conveniência de experimentar (degustar, no caso de bebidas) e mesmo ter recomendações de vendedores experientes. Já no universo online, a situação complica um pouco, não é mesmo?

Então, foi ai que a “La Maison du Whisky (LMDW)” inovou. Ela criou um sistema de escolha de Whisky conforme o perfil de quem compra ou para quem se vai realizar a compra. Isso auxilia bastante no caso de um presente sem erros agora no Natal! Eles criaram uma classificação de produtos que são mostrados conforme o perfil de cada um.

Os critérios estabelecidos para criação da classificação são:

  • orçamento,
  • perfil de consumo (iniciante, amador ou experiente),
  • tipo de bebida (pois tem outras bebidas destiladas na loja, mesmo que em variedade menor)
  • o que esta se buscando: qualidade absoluta do produto, novidade, presentes orieginais ou conselhos da LMDW.

 

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Abraços e até a próxima!

 

Referências

https://www.johnniewalker.com/pt-br/informacoes- sobre-whisky/a- historia-do-whisky/
http://www.cladowhisky.com.br/artigo.php?recordID=1&artigo=Hist%F3ria%20do%20Whisky

http://www.whisky.fr

Colaborador: Haymon Costa

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