O desafio de ações eficazes de CX

by Juliana Cândido Custodio

Engajar consumidores é mais que conquistar a tão desejada fidelização. Engajamento significa também ter acesso às  melhores informações sobre eles e seus comportamentos. No entanto, o grande desafio da elaboração de ações eficazes de CX é ter as informações certas sobre as questões internas da própria empresa a fim de identificar o seu engajamento na busca de melhores resultados.

Muitos gestores se perguntam sobre o que estão fazendo de errado quando o assunto é melhorar a experiência dos seus clientes. Ainda que haja o foco aumentado nos últimos anos sobre o fato de que CX não é mais uma questão de diferencial, mas sim uma necessidade para a sobrevivência dos negócios, muitas executivos ainda se deparam com a dificuldade de ter ações consistentes e bem embasadas para obter mais resultados de seus investimentos quando o assunto é a gestão da carteira de clientes.

Mas afinal, onde está a dificuldade de criar ações consistentes e eficazes para ter mais resultados em CX? Apresento 3 pontos fundamentais.

1. Falta de coordenação interfuncional das equipes

Para criar ações centradas no cliente, muitos atores internos e parceiros organizacionais agem de forma conjunta: equipes de marketing e vendas, inteligência de dados (BI), unidades de atendimento,  além de consultores, institutos de pesquisa e agências de comunicação. Apesar dessas equipes serem multifuncionais, a troca de informações e a coordenação de ações tornam-se muitas vezes limitadas por visões parciais de suas realidades.

A falta de coordenação de ações eficazes de CX acontece em muitas áreas de um negócio. Campanhas de marketing podem estar desalinhadas com a capacidade real de atendimento e proposta do ponto de vendas. Estratégias de comunicação podem estar desalinhadas do tom do tratamento real e clima de atendimento ao cliente. Dados de clientes e de mercado podem não trazer as informações ideais para identificar oportunidades por limitações na concepção do escopo do estudo ou acesso limitado a dados estratégicos de mercado.

Em resumo, quando há múltiplas tarefas e funções para um único objetivo – a melhor experiência para o cliente -, garantir a boa comunicação, a troca de conhecimentos e os objetivos comuns são essenciais para o sucesso de uma atuação conjunta. O desafio está em que a proximidade nem sempre é sinônimo de sintonia e de alinhamento.

2. Conflitos de interesses versus retorno das ações 

A diferença de conhecimento e de poder não é a única barreira para o alinhamento de estratégias em uma organização. A divergência de interesses pode trazer uma miopia oculta na busca de resultados, principalmente com o foco em ações eficazes de CX.

Ações internas e externas nem sempre tem o mesmo peso nas empresas. Ações internas ganham em eficiência e resultados operacionais. Como melhorias de recursos humanos, adequação de processos e compliance. Ações externas ganham em visibilidade. Como ações para a gestão da experiência do cliente.

Objetivos profissionais são os grandes estopins de conflitos de interesse e prejudicam ações de foco no cliente. Ações com foco no cliente são aquelas que trazem resultados diretos para o negócio, seja em aumento de vendas, melhor avaliação e comentários que garantem melhoria de imagem e mais visibilidade e destaque frente aos concorrentes. Isso enche os olhos de executivos, movimenta a empresa e garante reconhecimento profissional dos envolvidos no caso de sucesso. No entanto, isso sozinho não  traz necessariamente resultados efetivos para o negócio. Principalmente a médio e longo prazo.

Então como ponderar o que é necessário para atingir o objetivo do negócio e não apenas o objetivo do profissional?

Ações externas e de contato com o cliente devem estar alinhadas com aquelas ações que aparecem menos, e que não há muito foco dos profissionais de CX pela baixa visibilidade e retorno direto que trazem para o negócio, como gestão de estoques, processo logístico, qualidade de produtos e serviços, até mesmo serviços de apoio, que são igualmente importantes como segurança e limpeza no processo de criação de experiências. Deve existir o equilíbrio e garantir que egos não superem os objetivos de satisfação do cliente de fato.

3. Conhecimento limitado e parcial de métricas

A maioria de profissionais e executivos ligados à CX acreditam que usam métricas adequadas e são atentos às medidas de clientes. Mas será que ter dados é mais importante que saber escolher os que a empresa deve usar em cada situação?

A facilidade de acesso a informações desempenha um  papel importante na implementação de instrumentos de pesquisa e de controle de BI nas empresas. Diversas plataformas e softwares, com escalas práticas, interfaces amigáveis e questões pontuais e diretas deslumbram todos que querem atuar com dados. Principalmente quem não é familiarizado com isso.

Dentre as principais medidas de experiência do cliente usadas hoje pelas empresas, especialmente as de médio e grande portes, são o NPS e o CSAT.

O NPS se tornou queridinho das empresas há décadas. Facilidade de aplicação, facilidade de entendimento por parte também dos clientes, e uma dinâmica fácil e leve de se aplicar. O CSAT, uma das medidas mais utilizadas, principalmente no varejo, também possui a mesma lógica. Tudo isso traz muitos dados e de forma fácil, ágil e eficiente. Mas será mesmo que são assim tão eficazes?

Do lado estratégico, essas medidas analisam a satisfação global. Mas são limitadas. Não apresentam o porque houve essa avaliação. Como essa avaliação influenciou um comportamento. Ou ainda, o que a empresa deve melhorar para aumentar seus resultados e valor.

Facilidade e acesso a dados, nem sempre é a máxima que devemos levar em consideração quando o assunto é experiência. Gestão da experiência nos negócios é um processo complexo, embora aparente simples pela ótica meramente operacional. Deve ser levado em consideração o que a empresa deve fazer em todos seus níveis para trazer mais resultados nos negócios, diminuir riscos e aumentar a reputação e valor no mercado. E isso não é a satisfação que vai fazer sozinha. E nem só garantir ações eficazes de CX. 

Como solucionar esses desafios?

Em resumo, enquanto executivos não conseguirem olhar para os problemas internos da experiência, com foco em pessoas, processos e estrutura que permita a criação de valores de uma experiência de dentro para fora do negócio, muitas perguntas continuarão sem respostas. Por isso, a HappyTrack traz a única metodologia capaz de analisar os pilares da empresa em busca da eficácia em suas estratégias de experiência, identificando o DNA da experiência, a qualidade e alinhamento de estratégias e os riscos estratégicos associados e perdas e resultados possíveis com o investimento em ações de CX.

Quer saber como ter esses indicadores na sua empresa? Acesse happytrack.app ou entre em contato com a nossa equipe para saber mais.

Deixar um comentário

Você pode também gostar disso

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Tudo bem para você? Ok! Estou de acordo. Ler mais

Privacy & Cookies Policy