Por que comecei a empreender?

by Juliana Cândido Custodio

Por que comecei a empreender?

Muita gente começa a empreender por necessidade. Outras, por inquietação. Mas, a maioria delas é pela busca de um sonho. E eu fui atrás do meu.

Empreender está na minha trajetória desde o início. Desde o meu primeiro emprego, acompanhei centenas de empreendedores em programas de fomento, incubação e viabilização de seus sonhos. Parece até texto publicitário para vender alguma oferta para pequenas empresas, não é mesmo? 😂 Mas na verdade essa era a minha função. Aos meus 18, 19 anos eu já abria empresas, fazia análise de viabilidade de negócios, análise de microcrédito e conversava com muita, mas muita gente, fazendo mentorias que na época era só chamado de atendimento mesmo.

Cai de bandeja em um programa que para atuar precisava ter ensino superior completo e eu estava ainda no primeiro ano da faculdade. Tive que ralar e muito para aprender tudo isso e já nessa idade passar segurança para quem estava contando muito comigo para realizar seu sonho.

(Não posso deixar de abrir um parêntese de que não foi fácil essa fase. Não posso esquecer do dia que um senhor, de uns 40 e poucos anos, meio turrão, me julgou pela aparência de novinha. Na hora, não pensei duas vezes, peguei a pasta dele, entreguei e tive a ‘pachorra’, como dizem por aí, de passar o contato de outros dois colegas, mais velhos que poderia ajudá-lo. Ele poderia escolher, pois se sentiria mais a vontade com eles, já que as minhas duas indicações eram ‘mais experientes’. Corri risco de julgamento, comparação e até de reclamação. Mas, o que aconteceu? Em uma semana ele voltou, com a sua pasta embaixo do braço e com um belo pedido de desculpas 😉

E isso foi parte necessária da minha trajetória. Conheço as dificuldades, os problemas, os perigos e também as possibilidades. Então por que não eu mesma empreender? Nunca tive dom para o comércio, embora sempre quis ter um. Minha mãe sempre me disse “você não vende água no deserto, Juliana”. E isso eu tenho que concordar com ela. Mas então, se eu não sou boa vendedora, o que eu posso fazer? Serviços.

Serviços também tem que saber se vender e no início tive muita, mas muita dificuldade com isso. Mas a partir do momento que a gente faz o que gosta (ou o que pensa que gosta pelo menos), tudo fica mais fácil. A gente não vende. A gente transmite conhecimento e se houver interesse e, acima de tudo, confiança, o interessado compra. Foi isso que aprendi com a experiência que tive no meu início de carreira: segurança + conhecimento = confiança para a compra 😉

E empreender parece fácil, não é mesmo? Mas confesso que não é. Nenhum pouco. Principalmente quando a gente começa sozinha, caminha sozinha e não tem apoio. O que vem é a desvalorização.

E desvalorização traz aprendizado, afinal, nada melhor que ter o mínimo de conhecimento para negociar, pedir ou entregar algo. Porque o bom empreendedor é aquele que mais que boas ideias, ele sabe fazer de ponta a ponta a operação de seu negócio. Aprendi de criação de arte, contabilidade à código de programação. Isso faz ganhar respeito. Com isso começa a vir a confiança e o apoio.

E, além de aprender, saber enfrentar medos é um dos pontos que me faz empreender. Afinal, empreender é se arriscar.

O meu maior medo? É o problema com nãos, que eu percebi que para empreender poderia ser meu grande trunfo. Apesar de bem perigoso, claro!

Mas o melhor de tudo quando empreendemos, é o aprendizado que a gente ganha. É entender que a cada não ou interrogação que recebemos, a gente cresce e começa a ver que às vezes aquilo nos traz algo pertinente e nos faz crescer. Mas só às vezes. Na maioria, é só um ponto de vista diferente de alguém que às vezes não está acompanhando seu pensamento… E isso se torna perigoso, pois faz duvidarmos de nossas capacidades.

O que eu faço? Todo não que eu recebo e fico inconformada faço o seguinte:

Primeiro vejo de quem é.

Depois, analiso os argumentos que usou.

Em seguida, vejo os resultados que teve e se seu discurso bate.

Prontinho! Aí tenho a resposta se é válido ou não.

Isso pode parecer pedante da minha parte, mas já me evitou desmoronar quando eu mesma passei a me descreditar pela remarca de alguém. E, no final das contas, não era pertinente.

Como eu aprendi isso? Há algum tempo, eu tive a incompreensão de um colega de profissão, consultor, que para mim era de renome, conhecido, e portanto, bom. Quando ouvi seu posicionamento, me assustei. Foi a reunião mais rápida que tive sobre o assunto e a mais desesperadora.

Então o quer eu fiz? Fui conversar com outros para ter uma segunda opinião, afinal foi minha primeira incompreensão de muitas tantas conversas e com ela veio a questão: “será que os outros eram apenas educados? Será que é ruim mesmo?”. Então fui à caça de outra opinião. Ops! Outras, no plural.

Mas aí fiz nova seleção. Como o não eu já tenho (outra filosofia minha), vamos subir alguns degraus? Comecei a contactar só grandes nomes.  E de gigantes da consultoria, independente de onde eles estivessem. Na primeira conversa que tive com um deles, contei a história e o “não/incompreensão” que tive. E ele me disse: “seu projeto é bem claro. Quem é ele? De onde ele vem? Então esquece”. Ufa 😅 E foram vários assim. Então aprendi: nem todo não é ruim. Ele só vem de alguém que pode não estar acompanhando de fato você ou como você pensa. E isso não é ser pedante. É ser realista.

Outro problema? Muitos falam que é crise dos 40, mas que pra mim chegou beeem antes. Sabe aquela coceira por fazer coisas novas para aprender sempre e superar aquele medo de estagnar e não ousar? Pois é. Foi essa crise precoce que me moveu.

Para quem aos 20 e poucos anos tinha 3 trabalhos ao lado de estudos (teve fase de dois cursos juntos também, pós e mestrado) e mais projetos, se ver antes dos 30 em um pós-doc dedicada exclusivamente a um mercado lindo e perigoso da academia, dá medo. Por que sabe o que mais assustava? Aquela pergunta: “professora, a senhora trabalha também ou só da aula?”

E, por que medo da pergunta? Primeiro porque começar a ser chamada de senhora aos 20 por outras pessoas de também 20 e poucos é #pracabar 🤣

Depois porque existe uma discriminação grande no estereótipo de que professor não trabalha. Além disso, se eu não mergulhasse de cabeça no mercado empresarial e logo, o que seria de mim frente às novidades desse cenário em 10 ou 20 anos? Sou uma constante inquieta e academia e mercado não se conversam muito não, sabia? Até se vem tentado, mas ainda estão há quilômetros de distância…

Então foi com tudo isso que vi que empreender está no meu DNA. De pequenos a grandes projetos. De sonhos a realizações.

Esse ano foi de superação para todos, e de muitas conquistas para o meu projeto de empreendedorismo em particular. Nunca trabalhamos e produzimos tanto e sei que este foi só mais um passinho de uma longa jornada.

  • Foram mais de 20 projetos,
  • Mais de 2800 horas trabalhadas,
  • 17 happiers
  • Parcerias incríveis que conseguimos,
  • Profissionais excelentes que conhecemos e compartilhamos e tantas outras #realizacoes

Foi o primeiro ano que trabalhamos em equipe mesmo contando com o lindo auxílio e realizações de @claudiabiss @anamariakriwouruska @anapauladias @tatianedias @brunoreal @alinesuave e @viniciusmartines. E essa, pra mim, é uma das maiores conquistas. Não sonho mais sozinha, #naosoufreela #souempresa (empreendedores da área entenderão), e essa conquista no início de qualquer empreendimento, de saber que está ao lados dos melhores profissionais e que eles acreditam em você, é muito maior que qualquer resultado financeiro!

Colaboramos com projetos de grandes marcas para a @OpusMúltipla, @BrainBox e da @HouseCricket.

Obtivemos o registro da marca da @HappyTrack.

Conseguimos ser apoiados oficialmente pelo @businessfrance, @sindrio e outras instituições que estamos fechando e em breve teremos novidades.

Lançamos nossa plataforma própria para gestão de nossos projetos (por enquanto), pesquisas e treinamentos externos da @HappyTrack.

Ufa! Esse ano passou. E qual é o meu sonho já que empreender é baseado sempre em um? Continuar sempre em busca de novos desafios e superações para mim e para nossos clientes. Afinal, deu pra perceber que sou movida a desafios, não a projetos, né?!

Então, em 2020 fecha a fase de testes e em 2021 vamos enfim pro #gotomarket !

Tem um desafio para propor? Conheça a https://ConsultoriaAnalise.com

Precisa de mais experiência no seu negócio? Conheça a https://HappyTrack.app

Abraços e nos vemos em 2021 com muitas novidades, novos desafios e muita gás para fazer acontecer.

Excelente ano de novas e boas experiências para você!

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